top of page

O Início 

O Manifesto #NãoNosRepresenta é fruto de muitas preocupações, discussões e do trabalho coletivo de docentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que, como milhares de brasileiros - em especial da área de educação em todos os seus níveis, mas não só -, estão temerosos com a gestão, a postura e os destinos do Ministério da Educação sob o comando do Sr. Abraham Weintraub, dada a incomensurável importância estratégica deste Ministério para a promoção da educação, da Ciência e do acesso às universidades federais do país, os quais têm papel essencial para  do desenvolvimento de um país democrático, plural, laico e voltado ao combate das desigualdades que imperam no Brasil.  

 

Agradecimento e

novas batalhas  

Nosso dia a dia tem sido pautado por novos e renovados fatos políticos. Uma miríade de acontecimentos e tramas a dar inveja aos melhores roteiristas de ficção. Mas não estamos vivendo uma ficção: o desemprego aumenta, a desigualdade se amplifica, políticas e direitos públicos fundamentais são destroçados nas áreas da educação, da cultura, da ciência, do meio ambiente, dos direitos humanos... e por aí vai! 

Por isso também continuadas lutas em prol da manutenção de direitos duramente conquistados, e de muitos outros a conquistar, são ações que ocupam a todo(a)s aqueles que acreditam na democracia, na pluralidade, nas políticas públicas inclusivas, num país em que todo(a)s possam ter e exercer seus direitos, em oposição à metáfora do ornitorrinco, que nos fala Chico de Oliveira.     

 

Assim, em primeiro lugar, o coletivo de docentes da Unifesp que iniciou as reflexões que resultaram no Manifesto #NãoNosRepresenta – contra as ações do hoje ex-ministro Abraham Weintraub e sua trágica passagem pelo Ministério da Educação –, agradece a todo(a)s seus signatário(a)s que muito fortaleceram este documento, assim como os meios de comunicação e o(a)s parlamentares que deram visibilidade ao Manifesto. Acreditamos que a partir destes apoios podemos considerar que o Manifesto se tornou um documento da história da derrocada daquele que pode considerado, até o momento, o pior ministro da educação que este país já teve.    

 

Vencida esta batalha, cabe pensarmos nas próximas. O #NãoNosRepresenta, portanto, se ressignifica sem perder seus fundamentos.

 

Acreditamos que podemos – junto com todo(a)s que aderiram e divulgaram o Manifesto, e aqueles que ainda estão por se juntar a nós – além de continuarmos vigilantes aos destinos e ações na área de educação, expandir o escopo de ação, nos opondo de maneira mais ampla às políticas conservadoras, elitistas, revisionistas e negacionistas adotadas pelo atual Governo Federal. 

 

Posicionamo-nos pelo respeito à Constituição e contra o desmonte e/ou aparelhamento político de instituições públicas ímpares ao Estado Democrático de Direito. Desejamos política econômica inclusiva e não elitista. Abominamos o revisionismo da história, o negacionismo científico e os cortes orçamentários para pesquisa científica, em especial para as Ciências Humanas. Devemos lutar pela preservação da memória, do patrimônio, da cultura e contra ações que agridam, por exemplo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Fundação Palmares, a Cinemateca Brasileira, dentre outras instituições. Estamos na luta contra qualquer forma de violência, seja ela simbólica ou física, contra o racismo, contra a desigualdade e a violência de gênero; pelos direitos LGBTQI+. 

 

Seguimos firmes, conscientes das batalhas que devem ser enfrentadas para mantermos direitos hoje brutalmente ameaçados.      

 

Este governo #NãoNosRepresenta!

bottom of page